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Rodrigo Mendes Delgado, Advogado
Rodrigo Mendes Delgado
Comentário · há 5 anos
Meu amigo... chegamos a um ponto de nossa encruzilhada existencial. Se por miséria material ou por maldade? Os dois.

Eu acredito na fala de Gandhi que dizia: "Seja você a mudança que quer ver no mundo". Não somos obrigação do Estado. O Estado é nossa obrigação. O Estado somos nós. Nada vai mudar se o epicentro não for o povo: nós.

Acredito, ademais, como dizia Enrico Ferri em sua clássica "Sociologia Criminal" que o homem é um produto do meio. Se formos analisar uma comunidade carente, veremos que algumas situações são comuns, como, por exemplo, e já vivi isso, perder um amigo ou parente em uma briga de bar. Fala-se com muita naturalidade sobre isso. Já em um círculo de classe média/alta isso é um escândalo que pode render matéria jornalística para mais de um mês. Não saberia lhe dar, infelizmente, uma resposta pronta e acabada.

O sistema capitalista, por meio do qual as coisas são conquistadas pelo mérito, é um sistema meritocrático maravilhoso. Mas, o excesso de produtos para se consumir, o marketing maciço para se comprar cada vez mais, tudo isso gera consequências. Assim como você já deve ter passado por isso, eu já comprei coisas que nunca usei e que tive que doar por "falta de uso". O sistema precisa vender cada vez mais. No entanto, as pessoas, pelas mais variadas razões, estão comprando menos. Não porque não querem, mas porque não conseguem. Se formos pelo modismo teríamos que trocar de celular todo mês. Muitas pessoas trocam! Não há uma educação para o consumo. Para prioridades.

O texto que publiquei foi escrito em 2004. Mas, muitas coisas não mudaram. Há maldade humana? Sem dúvidas. A miséria material leva à delinquência? Há muitos casos. Até porque a sociedade cria seus miseráveis e depois vira as costas para os mesmos.

Para tudo há solução? Só consigo ver isso na educação. Sem educação nenhuma mudança será possível.

Essas são algumas colocações. Podem estar certas, erradas, meio certas, meio erradas. Mas, o ponto é que precisamos discutir esses assuntos e fico imensamente feliz em ver que pessoas como você também se autoquestionam (questionamento interno) e aloquestionam (questionamento externo).

Precisamos pensar juntos estes assuntos para encontramos uma solução, ou, pelo menos, caminhos para se buscar soluções.

Obrigado uma vez mais.
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